FORMATAR ÓTICAS

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Existem dois tipos de Ótica: básica e plena. As informações desta ideia de negócio são aplicadas às Óticas básicas, pois as Óticas plenas exigem investimento, estrutura e equipamentos mais complexos, o que dificulta seu enquadramento como micro empresa ou empresa de pequeno porte. Para compreender como se configura uma Ótica básica e uma Ótica plena, segue uma breve explicação, de acordo com o Conselho Brasileiro de Óptica e legislação do setor:

     - Ótica básica:
Estabelecimento óptico que comercialize, fabrique e/ou beneficie lentes em geral em laboratório próprio ou mediante terceirização sob contrato com laboratório especializado e legalizado, execute montagem de óculos corretivos ou solares.

     - Ótica plena:
É um empreendimento que comercialize, fabrique e/ou beneficie lentes em geral em laboratório próprio ou mediante terceirização sob contrato com laboratório especializado e legalizado, execute montagem de óculos corretivos ou solares, que ofereça ainda atendimento de exame optométrico pleno, inclusive adaptação e comercialização de lentes de contato.

     Cada óptica básica deverá manter pelo menos um óptico oftálmico básico ou óptico prático como responsável e a óptica plena deverá manter um técnico em óptica ou um óptico optometrista habilitado como responsável.
   
Este documento contém informações importantes para o empreendedor que queira trabalhar no ramo de Óticas, mas não substitui o Plano de Negócios
Sumário

 
 
1. Apresentação................................................................................................................................
2. Mercado............................................................................................................................................
3. Localização.....................................................................................................................................
4. Exigências Legais e Específicas.........................................................................................
5. Estrutura...........................................................................................................................................
6. Pessoal..............................................................................................................................................
7. Equipamentos...............................................................................................................................
8. Matéria Prima/Mercadoria.......................................................................................................
9. Organização do Processo Produtivo..............................................................................
10. Automação....................................................................................................................................
11. Canais de Distribuição..........................................................................................................
12. Investimento................................................................................................................................
13. Capital de Giro............................................................................................................................
14. Custos...............................................................................................................................................
15. Diversificação/Agregação de Valor.................................................................................
16. Divulgação......................................................................................................................................
17. Informações Fiscais e Tributárias....................................................................................
18. Eventos..............................................................................................................................................
19. Entidades em Geral....................................................................................................................
20. Normas Técnicas..........................................................................................................................
21. Dicas de Negócio.........................................................................................................................
22. Características................................................................................................................................
23. Bibliografia........................................................................................................................................
24. URL ................................................................................................................................................................................
25. O PLANO de NEGÓCIOS...............................................................................................................................

1. Apresentação
 
Estabelecimentos comerciais que montam óculos e lentes com grau de acordo com
especificações médicas e vendem armações, óculos de sol e lentes de contato.
 
 
Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não
fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o
empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O
objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um
negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de
negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as
informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?
  
Todos os aspectos ligados à saúde podem ser (ou parecer) críticos àqueles que são
afetados, porém quando o assunto é visão, é praticamente unânime o desconforto
causado pela sua escassez, problemas ou ausência.
   
Óticas são estabelecimentos comerciais responsáveis, prioritariamente, por montar
       óculos e lentes com grau, de acordo com especificações médicas. Também sãoresponsáveis 
     por vender armações, óculos de sol e lentes de contato com objetivo estético. De acordo com
                                             o Decreto-Lei  20.931/32 - Artigo 39, as lentes com grau são vendidas apenas 
para pessoas que apresentarem receita com especificações de oftalmologistas.
  
Existem dois tipos de Ótica: básica e plena. As informações desta ideia de negócio são
aplicadas às Óticas básicas, pois as Óticas plenas exigem investimento, estrutura e
equipamentos mais complexos, o que dificulta seu enquadramento como micro
empresa ou empresa de pequeno porte. Para compreender como se configura uma
Ótica básica e uma Ótica plena, segue uma breve explicação, de acordo com o
Conselho Brasileiro de Óptica e legislação do setor:
 

- Ótica básica:
Estabelecimento óptico que comercialize, fabrique e/ou beneficie lentes em geral em
laboratório próprio ou mediante terceirização sob contrato com laboratório
especializado e legalizado, execute montagem de óculos corretivos ou solares.
 

- Ótica plena:
É um empreendimento que comercialize, fabrique e/ou beneficie lentes em geral em
laboratório próprio ou mediante terceirização sob contrato com laboratório
especializado e legalizado, execute montagem de óculos corretivos ou solares, que
ofereça ainda atendimento de exame optométrico pleno, inclusive adaptação e
comercialização de lentes de contato.
 

Cada óptica básica deverá manter pelo menos um óptico oftálmico básico ou óptico
prático como responsável e a óptica plena deverá manter um técnico em óptica ou um
óptico optometrista habilitado como responsável.
 
 
Atualmente, as Óticas constituem um empreendimento bastante presente nas zonas
comerciais e, apesar da grande quantidade deste tipo de loja, se bem administradas e
seguindo corretamente os procedimentos para abertura de um negócio, podem ser
uma boa opção para empreendedores que pretendem dar início a uma nova
empreitada.

2. Mercado
A venda de óculos sob prescrição médica é um aspecto gerador de negócios nas
Óticas. Os óculos, antigamente reconhecidos como sinônimo de incômodo, hoje tem
uma conotação de acessório de moda.  uma grande procura por armações mais
leves e que se mostrem mais agradáveis às características de cada rosto. Ainda, é
preciso levar em consideração que, pelo estímulo de se manter na moda e seguir
tendências, muitas pessoas trocam a armação de seus óculos antes que ela envelheça
ou quebre.
  
Pode-se também atribuir como aspecto favorável ao mercado a importância dada aos
óculos de sol, como acessório de beleza e de proteção aos raios de solares nocivos.
Nos últimos anos, vários modelos de marcas famosas tornaram-se acessíveis aos
empresários de micros e pequenas empresas, possibilitando uma vantagem
competitiva no atendimento aos clientes, além de aliar beleza e leveza ao custo
acessível do produto.
3. Localização
As Óticas podem estar localizadas fora dos grandes centros, desde que haja facilidade
de chegar até o local (seja por meios de locomoção particulares ou públicos) ou se
tenha identificado um nicho de mercado a ser atendido nesta região. Neste caso, a
divulgação irá colaborar, pois em função da credibilidade e de ofertas oferecidas pela
Ótica, as pessoas podem se dispor a se deslocar. A localização afastada de grandes
centros também gera economia no custo com aluguel ou compra do imóvel.
 
Em algumas cidades é comum a concentração de lojas do mesmo ramo de atividades
em uma única área. Nessas situações, a população opta por comprar naquela área
porque pode comparar preços e outras vantagens de maneira mais rápida. Nesses
locais o fluxo de pessoas interessadas nos produtos oferecidos pela Ótica pode
aumentar a visibilidade da empresa e as vendas.
 
O público-alvo também constitui fator importante para decidir a localização. Caso se
opte por consumidores de óculos de marcas mais caras, o ideal é montar uma Ótica
em galerias, centros comerciais ou shoppings. Porém é preciso considerar que o custo
com infraestrutura nestes locais costuma ser bastante alto e pode influenciar no lucro.
Por isso é preciso analisar cuidadosamente a relação custo e benefício para escolher a
localização.

A escolha do local para estabelecer a Ótica deverá também levar em conta o
atendimento das necessidades operacionais do empreendedor, no que se refere a
diversos aspectos, tais como, fornecimento de água e energia elétrica suficiente, coleta
de lixo, transporte urbano, policiamento, acesso facilitado, serviços bancários,
estacionamento, telefone e internet. Tais aspectos operacionais devem ser analisados
conforme o porte do empreendimento a ser iniciado e também de forma que favoreçam
o crescimento e desenvolvimento do negócio.

4. Exigências Legais e Específicas

Ao pensar em abrir um novo empreendimento é preciso atenção a vários detalhes.
Primeiro é preciso analisar qual o ramo de atividade e o tamanho da empresa a ser
estruturada e, após esta decisão, procurar ajuda especializada sobre as exigências
legais que envolvem o negócio escolhido, neste caso, a Ótica.
 
Apesar deste documento apresentar informações sobre exigências legais, é preciso
ajuda de empresários  instalados e de contadores ao abrir o negócio, pois podem ter
ocorrido alterações e, consequentemente, o surgimento de novas exigências. Sites
especializados e associações do ramo também são uma boa fonte de pesquisa.
 
É essencial procurar os órgãos locais, estaduais e federais para a aquisição de todas
as licenças e registros legais:
- Realizar pesquisa prévia comercial junto à Prefeitura da cidade, para se certificar da
possibilidade de implantar uma Ótica no local escolhido;
- Pesquisar nome/marca na Junta Comercial e INPI Instituto Nacional de Propriedade
Intelectual;
- Registrar o contrato social na Junta Comercial;
- Solicitar inscrição na Secretaria da Receita Federal  obtenção do CNPJ;
- Solicitar inscrição na Secretaria Estadual de Fazenda  obtenção da Inscrição
Estadual;
- Solicitar alvará de funcionamento junto à Prefeitura Municipal;
- Solicitar enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada a
recolher anualmente a Contribuição Sindical Patronal);
- Fazer cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade
Social  INSS/FGTS”.
- Corpo de Bombeiros Militar.
- Verificar outras licenças e registros necessários.
 
No caso específico das Óticas é preciso uma autorização do Ministério da Saúde, que
exige a contratação de mão de obra especializada para fazer a leitura de receitas.
 
Além disto, é preciso atenção às seguintes Leis:
- Lei  8078/90  regula a relação de consumo em todo o território nacional; Código de
Defesa do Consumidor.
- Lei  9.841/99 - Estatuto da Micro e Pequena Empresa
- Decreto-lei  20.931/32 - artigo 39: é vedado às casas de óptica confeccionar e
vender lentes de grau sem prescrição médica, bem como instalar consultórios médicos
nas dependências dos seus estabelecimentos.
- Decreto-lei  24.492/34 - Baixa normas relativas à venda de lentes de grau. E
proibido (art.13) o proprietário, sócio, gerente, óptico prático e demais empregados do
estabelecimento, escolher ou permitir escolher, indicar ou aconselhar o uso de lentes
de grau, sob pena de processo por exercício ilegal da Medicina, além das outras
penalidades previstas na Lei.
. Artigo 14: a venda de lentes de grau  poderá ser feita com a apresentação da
fórmula óptica do médico;
. Artigo 16: o estabelecimento comercial de vendas de lentes de grau não pode ter
consultório em qualquer de seus compartimentos;
. Artigo 17: é proibido câmara escura e aparelhos para exame ocular no recinto, bem
como cartazes oferecendo exame gratuito.

Normas Técnicas

Normas técnicas do Setor Óptico Nacional, aprovadas pela ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas:
 
NBR 14993, DE 10/2003 - Óptica e Instrumentos ópticos - Óptica oftálmica - Sistema
de medição para armações para óculos.
 
NBR 14995, DE 10/2003 - Óptica e Instrumentos ópticos - Armações para óculos -
Vocabulário e designação.
 
NBR 14996, DE 10/2003 - Óptica e Instrumentos ópticos - Óptica oftálmica - Roscas
para parafusos
 
NBR 14997, DE 10/2003 - Óptica e Instrumentos ópticos - Óptica oftálmica - Modelos
(moldes)
 
NBR 15004/2004 - Instrumentos Oftálmicos - Requisitos Fundamentais e Métodos de
ensaio
 
NBR 15089, DE 05/2004 - Óptica oftálmica - Lentes para óculos (lentes oftálmicas) -
Requisitos fundamentais para lentes acabadas não cortadas
 
NBR 15090-1, DE 05/2004 - Óptica oftálmica - Lentes para óculos acabadas e não
cortadas - Parte 1 - Especificações para lentes de visão monofocal, bifocal e trifocal
 
NBR 15090-2, DE 05/2004 - Óptica oftálmica - Lentes para óculos acabadas e não
cortadas - Parte 2 - Especificações para lentes de potência progressiva
 
NBR 15090-3, DE 05/2004 - Óptica oftálmica - Lentes para óculos acabadas e não
cortadas - Parte 3 - Especificações de transmitância e métodos de ensaio
 
NBR 150090-4 - DE 05/2004 - Óptica oftálmica - Lentes para óculos acabadas e não
cortadas - Parte 4 - Especificações e métodos de ensaio para revestimentos anti-refletivos

NBR 150091, DE 05/2004 - Óptica e Instrumentos ópticos - Óptica oftálmica -
Marcação de armações para óculos

NBR 150092, DE 05/2004 - Óptica oftálmica - Armações para óculos - Requisitos
gerais e métodos de ensaio

NBR 15093, DE 05/2004 - Óptica oftálmica - Formatação de arquivos de dados digitais
para transferência de dados para facetamento de lentes para óculos - Traçadores
bidimensionais

NBR 15094, DE 05/2004 - Óptica oftálmica - Lentes de óculos - Vocabulário
 
NBR 15.095/2004 - Óptica e Instrumentos Ópticos - Lensômetros
 
NBR 15.096/2004 - Óptica e Instrumentos Ópticos - Lentes - Teste para calibração de
Lensômetros

NBR 15111, DE 05/2004 - Proteção pessoal dos olhos - Óculos de sol e filtros de
proteção contra raios solares para uso geral
 
NBR 15160-1, DE 11/2004 - Óptica oftálmica - Lentes semi-acabadas em bruto para
armações para óculos - Parte 1 - Especificações para lente semi-acabada em bruto
para visão monofocal, bifocal e trifocal
 
NBR 15160-2, DE 11/2004 - Óptica oftálmica - Lentes semi-acabadas em bruto para
armações para óculos - Parte 2 - Especificações para lentes em bruto de potência
progressiva
 
Normas ABNT ISO:
 
ABNT NBR ISO 7944 - Óptica e Instrumentos Ópticos - Comprimento de onda de
referência

ABNT NBR ISO 8429 - Óptica e Instrumentos Ópticos - Oftalmologia - Escala com
indicação graduada
5. Estrutura
A área necessária para montar uma Ótica depende do projeto, local e recursos
disponíveis pelo empresário. É possível montar uma Ótica de pequeno porte em
espaço de 40 m². Caso se opte pelo laboratório próprio, ele deve ter pelo menos 15 m².
Porém é possível montar a Ótica e terceirizar a parte de laboratório, procedimento
mais indicado para quem está abrindo um negócio.
 
É preciso ter uma vitrine e balcões bem iluminados e que permitam a boa visualização
dos produtos, que devem estar bem organizados de acordo com algum critério: pode
ser por marca, tipo de material, preços ou modelos.
 
Deve-se evitar poluição visual, não exagerar nos cartazes, banners e outros estímulos
visuais, especialmente considerando-se o espaço disponível.
 
É importante que a estrutura comporte espaço para receber e atender com qualidade
os clientes. Deve-se organizar um espaço para o cliente aguardar o atendimento, caso
os funcionários estejam atendendo outras pessoas.

O local deve ser adequado à recepção de pessoas com necessidades especiais,
idosos, gestantes e crianças. Os espaços devem ser estruturados para que todas as
pessoas, principalmente as que têm características específicas, sintam-se confortáveis
e bem recebidas.
 
Caso o empreendedor decida por possuir também o laboratório é necessário que se
faça pesquisa sobre normas técnicas e exigências legais relacionadas às condições
para as instalações na estrutura do laboratório. Porém destaca-se que o laboratório
pode ser caracterizado como outro empreendimento.
 
Convém que a estrutura, exceto se localizada em shoppings e galerias, tenha
disponibilidade de sanitário em condições adequadas de uso, tanto para a equipe de
trabalho como para os clientes.
 
Algumas dicas e orientações quanto à sustentabilidade, considerando o aspecto
estrutural de uma Ótica:
- Privilegiar a utilização da iluminação e ventilação natural;
- Utilizar lâmpadas de consumo econômico de energia, mantendo-as apagadas quando
não necessárias;
- Instalar recipiente para descarte de resíduos, considerando a coleta seletiva de
materiais;
- Verificar e corrigir eventuais vazamentos de água em banheiros e pias;
- Verificar e corrigir eventuais falhas de estrutura elétrica;
- No caso da utilização de ar condicionado, fazer a manutenção correta do
equipamento e utilizar aparelhos que consumam menos energia e utilizem gás
refrigerante ecológico, por exemplo;
- Consumir conscientemente água, energia elétrica e demais recursos;
- Promover a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais, como 
comentado.
 É possível contratar o serviço de profissionais de arquitetura ou organização de
interiores para apoiar na definição de melhor organização e aproveitamento do espaço,
pensando também nos critérios que representem práticas sustentáveis para a Ótica.
Algumas Associações Comerciais e Associações de Classe oferecem parceria com
este tipo de profissional e também com profissionais especializados em organizar
vitrines. Vale a pena pesquisar a respeito na cidade em que se pretende montar a
Ótica.
6. Pessoal
A quantidade de funcionários depende do tamanho da Ótica. Recomenda-se que se
disponha de atendentes/balconistas, gerente, pessoal de limpeza e conservação, caixa
e um óptico oftálmico básico ou técnico óptico. Porém, se for um espaço pequeno, é
possível que uma mesma pessoa acumule mais de uma função.
 
É imprescindível que os atendentes e gerente sejam pessoas capacitadas e
qualificadas para trabalhar com os produtos oferecidos na ótica, de forma que saibam
prestar atendimento técnico e compreendam as receitas médicas. É importante que
tenham conhecimento sobre os modelos disponíveis e quais combinam com cada tipo
de rosto para que, em caso de dúvida do cliente, o atendente possa colaborar com sua
escolha a partir de informações técnicas.
 
Os atendentes devem estar preparados para atender bem e em qualquer situação os
clientes e a pessoas com características específicas, como as que têm necessidades
especiais, por exemplo, gestantes, idosos, crianças. Atendimento de um fator
importante na fidelização do cliente e é necessário investir para que os colaboradores
o pratiquem com excelência.
 
De acordo com a legislação, um oftalmologista não pode ser dono de ótica, a qual não
deve ter esse profissional no seu quadro de funcionários atuando nessa função.
 
Para uma ótica de pequeno porte, que terceiriza a montagem dos óculos (laboratório
terceirizado) é necessário contar com os seguintes funcionários:
- 01 gerente que pode também assumir o caixa. No caso de uma micro empresa,
provavelmente estas funções sejam exercidas pelo dono da empresa.
- 01 óptico oftálmico básico ou 01 técnico óptico.
- 02 atendentes/balconistas que podem assumir a responsabilidade pela limpeza e
conservação com apoio do dono da empresa.
 
A capacitação de profissionais que atuam em Óticas é feita por meio de cursos
técnicos, no caso de óptico oftálmico e técnico óptico. Para verificar os cursos
disponíveis em cada localidade é necessário procurar os Conselhos Regionais de
Óptica. Esses estabelecimentos também são recomendados para os profissionais que
atuarão basicamente como atendentes para buscarem informações gerais sobre o
atendimento em Óticas.
 
O piso salarial é estabelecido pelo sindicato do setor e a partir daí, cada loja deverá
manter políticas que remunerem adequadamente os seus colaboradores,
considerando-se os níveis de competências pessoais e resultados alcançados. É
possível, por exemplo, oferecer comissão sobre vendas.
 
É recomendável a adoção de uma política de retenção de pessoal, oferecendo
incentivos e benefícios financeiros ou não. Assim, a Ótica poderá diminuir níveis de
rotatividade e obter vantagens como a diminuição de custos com recrutamento,
seleção, demissões e treinamento de novos funcionários.
 
Promover a qualificação e desenvolvimento dos integrantes da equipe de trabalho,
bem como favorecer um ambiente propício ao desempenho de todas as atividades,
contribui para que o negócio consiga alcançar sua sustentabilidade econômica.
Provavelmente também deixará as pessoas mais satisfeitas e realizadas com sua
atuação profissional.

Também se recomenda contato com profissional contabilista local para verificar
procedimentos legais para contratação de pessoas.
 
Algumas dicas:
- Lembre-se que, como empreendedor diante do de seu negócio, uma Ótica neste
caso, as ações da equipe serão reflexo, em boa parte, da sua postura;
- Estabelecer claramente as regras de trabalho e convivência
- Cumprir exigências trabalhistas legais;
- Promover, sempre que possível, o conhecimento pelos colaboradores de outras
funções além da sua função principal. Ressalta-se a exceção de não poder colocar
pessoas não habilitadas tecnicamente nas funções óptico oftálmico básico ou técnico
óptico;
- Incentivar o desenvolvimento pessoal e profissional da equipe.
7. Equipamentos
Equipamentos importantes e necessários para a montagem de uma Ótica:
> Cadeiras e mesas para o espaço destinado a receber e atender clientes.
> Vitrines ou balcões para dispor adequadamente os produtos.
> Espelhos para que o cliente possa visualizar-se experimentando os produtos como,
por exemplo, armações e óculos de sol.
> Balcão de pagamento, com caixa registradora e, preferencialmente, aparelhos que
permitam pagamento com cartões de crédito e débito.
> Computador, impressora, e outros móveis e equipamentos de escritório, como
mesas, arquivos para acondicionar documentos, aparelhos de telefones e fax, se
houver necessidade.
> Arquivos para acondicionar óculos e lentes prontos para entregar ao cliente.
> Lensômetro  aparelho para medir o grau das lentes.
> Ceratômetro  aparelho para medição da curvatura dos olhos.
> Pupilômetro  aparelho que permite medir a distância entre a pupila e o nariz.
> Ferramentas de conserto em geral  para pequenos reparos em óculos, como
colocar e apertar parafusos, etc.
 
A quantidade de móveis e equipamentos deverá ser definida conforme a estrutura e
espaço escolhidos, de forma a não tornar o ambiente repleto de elementos
dificultadores para a circulação de pessoas.

Pode-se ainda providenciar equipamentos para servir água e café (ou similar) para os
clientes.

O empreendedor deverá consultar os fabricantes dos equipamentos que necessitar,
                                                                                                                                                                             
para conhecer o tempo de obsolescência de cada um deles.
A prática de realizar manutenções preventivas é adequada para os empreendedores,
de forma a reduzir paradas de produção e maiores gastos com manutenções
corretivas.
Os equipamentos devem ser verificados constantemente quanto ao seu consumo de
energia, se for caso, para evitar desperdício.

Vale lembrar que os colaboradores devem ser capacitados para manusear os
equipamentos adequadamente, minimizando a chance de acidentes no ambiente de
trabalho. Ainda, se necessário, é fundamental disponibilizar e orientar o uso de EPI 
equipamento de proteção individual.
É importante adquirir equipamentos de segurança, como alarmes e fazer seguro para
os equipamentos e mercadorias, principalmente se a Ótica for instalada em local com
alto índice de assaltos.
8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,
os seguintes três importantes indicadores de desempenho:

- Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o
capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido
em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores, logicamente em
menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice
de rotação de estoques.
                                                                                                                                                                                             
- Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período
de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir a produção e as
vendas futuras, sem que haja suprimento.
 
- Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente
do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer
receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha, demonstra o número
de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas pelo fato de não existir a
mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.
 
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo de matéria-prima e demais insumos
deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e
a entrega dos produtos na sede do empreendimento.

As principais mercadorias oferecidas em Óticas são:
> Lentes de acrílico, vidro ou cristal;
> Armações;
> Lentes de contato com grau;
> Lentes com objetivo estético, podem ser coloridas ou com desenhos;
> Acessórios para óculos;
> Estojos para óculos e lentes;
> Líquidos específicos para hidratação de lentes;
> Lenços para limpeza de óculos;
> Líquido especial para limpeza de óculos;
> Óculos escuros.
 
O tipo de material e os fornecedores devem ser escolhidos de maneira criteriosa e de
acordo com o público-alvo.  armações que atendem a um público mais exigente,
que muitas vezes prefere pagar um preço mais elevado e adquirir um produto de uma
marca famosa, por exemplo.
 
Recomenda-se estabelecer critérios para avaliar o fornecedor, como: qualidade dos
produtos, variedade, condições de entrega, prazos e preços e localização.
                                                                                                                                                                                                                           

Sempre que possível o empreendedor deve comprar de fornecedores ou distribuidores
mais próximos do seu ponto de venda ou planejar estratégias de compra concentrada
em centros comerciais destinados a este fim, de forma a minimizar o impacto
ambiental do deslocamento de mercadorias por longas distâncias.
 
É preciso bastante atenção no momento de comprar os materiais e mercadorias, pois
grande parte dos representantes das grandes fábricas não trabalha em consignação e
produtos não vendidos significam prejuízo. Os produtos mais vendidos variam de um
estabelecimento para outro, de acordo com o público e a localização. Isto determinará
a quantidade de modelos e produtos a serem adquiridos.
 
É importante estar atento, buscando mercadorias que atendam às expectativas dos
clientes. Pesquisas podem ajudar no levantamento destas informações. Buscar
mercadorias que acompanhem novas tendências também deve ser considerado
constantemente pelo empresário, inclusive ressaltando-se o aspecto da
sustentabilidade tanto nas mercadorias como nas embalagens.
 

9. Organização do Processo Produtivo
Uma Ótica pode ter seu laboratório próprio ou terceirizar o serviço de fabricação e
confecção dos óculos e lentes. Em princípio, deve ser considerada a praticidade e
relação custo/benefício de ter profissionais capacitados no manuseio dos
equipamentos a serem usados. O uso de equipamentos de última geração para a
fabricação de óculos e lentes pode encarecer muito o investimento inicial na loja, ainda
que isso possa trazer vantagens imediatas como a entrega do produto em menos
tempo.
O processo produtivo aqui apresentado é de uma Ótica básica com laboratório
terceirizado. Caso o empresário opte pelo laboratório próprio, deverá elaborar o plano
de negócios com foco nesse tipo de estabelecimento.
                                                                                                                                                                                                                        
O processo produtivo de uma Ótica com laboratório terceirizado consiste em:
> Recepção do cliente, observando técnicas de excelência no atendimento;
 > Identificação da necessidade e do produto de interesse do cliente;
 > Apresentação das opções de produtos disponíveis na loja que atendam à
necessidade do cliente;
* Produtos sem especificação médica: após a escolha o cliente é encaminhado ao
caixa para pagamento;
* Produtos com especificação médica:
- Lentes: encaminha-se para o laboratório para a escolha da lente conforme o grau ou
solicita-se ao fabricante, pois as lentes são fabricadas por grandes fornecedores.
- Óculos: ajuda-se na escolha da armação mais adequada. Após, verifica-se as
especificidades das lentes conforme orientação médica e faz-se a medição da
curvatura dos olhos. Depois, encaminha-se a armação com a receita para o
laboratório. Então, o cliente efetua o pagamento, conforme condições negociadas e
quando as lentes ou óculos estiverem prontos o cliente é avisado e orientado quanto
ao uso do produto solicitado.
  
É preciso articular a forma de entrega dos pedidos ao laboratório terceirizado, ou seja,
se a ótica entrega os pedidos para o laboratório ou se o laboratório busca os pedidos
na ótica e, também a periodicidade de busca/entrega dos pedidos, de forma a garantir
o atendimento ao cliente no prazo desejado.
 
Vale ressaltar que sempre que é dado um prazo para o cliente é importante cumpri-lo,
portanto a Ótica deve estabelecer prazos que poderá cumprir, sempre considerando
uma margem para imprevistos. Este é um procedimento que gera satisfação e
fidelização do cliente, o que é contribui para sustentabilidade econômica do negócio.
10. Automação
No caso das Óticas, o processo de automação é essencial quando se opta pelo
laboratório próprio, sendo necessário adquirir equipamentos modernos, ampliando a
competitividade da empresa.                                                                                                                                                                                                                  
Caso o laboratório seja terceirizado, a automação restringe-se ao uso de software de
gestão, que faz o controle via computador de estoque, pedidos e vendas. A gestão e
controle do processo, feita com ajuda de um software minimiza as chances de erros.
Os softwares podem ser comprados ou alugados, é recomendável procurar os
Conselhos Regionais de Óptica para verificar indicações de empresas fornecedoras de
software.
Devido à quantidade considerável de mercadorias com valores altos e equipamentos
que compõe a loja é interessante que se adote um sistema antifurto.
11. Canais de Distribuição
A entrega dos produtos das Óticas acontece de forma direta ao cliente no balcão,
especialmente porque é importante que haja o teste do produto, sejam óculos, lentes
ou outro qualquer disponível na loja.

Por ser uma característica das Óticas fornecer mercadorias que atendam
necessidades específicas e de forma altamente personalizada, os profissionais
responsáveis pelo atendimento devem manter constante atenção a essa necessidade
de atenção individual, sempre orientando que o cliente retorne ao médico
oftalmologista, quando for o caso, para fazer a conferência dos produtos e, em caso de
óculos, para certificar-se que foram feitos de acordo com a prescrição.
 
É possível pensar a possibilidade de entrega de mercadorias que não necessitem de
prova e ajustes, mediante cadastro prévio dos clientes. Deve-se verificar a viabilidade
de implantar tal serviço.
                                                                                                                                                                                                                   
Ouvir os clientes e identificar oportunidades de criar novos serviços deve ser tarefa
permanente do empreendedor.
12. Investimento
O investimento necessário para montar uma ótica está relacionado  uma série de
fatores que devem ser considerados antes da abertura do negócio, como por exemplo:
- A localização e tipo de imóvel a ser utilizado.
- O tamanho da loja.
- Quantidade e tipos de equipamentos. Pode-se optar por apenas um modelo de cada
equipamento citado no item equipamentos, ou adquirir mais de um, para poder atender
mais pessoas de uma vez. Também é preciso decidir se os equipamentos serão novos
ou usados.
- O estilo dos móveis, vitrines e balcões, bem como suas quantidades.
- A organização e decoração da Ótica.
- A quantidade e diversidade de mercadorias (tipos de lentes, armações, acessórios,
etc.) a serem disponibilizada, bem como tipos (marcas famosas ou não, mais baratos,
mais caros, exclusivos na cidade, etc.).
- Opção ou não por laboratório próprio.

Antes de montar um negócio é importante que o empreendedor elabore o seu plano de
negócio, que englobará as questões acima, dentre outras. O plano de Negócio ajuda a
verificar a viabilidade do empreendimento pretendido, uma ótica neste caso. 
 
Feito o levantamento das informações, de acordo que os itens que compõe o Plano de
Negócios, é chegado o momento de tomar as decisões em relação à abertura da Ótica,
ou seja, localização, tamanho da loja, materiais e equipamentos a serem adquiridos,
estoque, profissionais a serem contratados, disposição da loja. Optar por uma loja
alugada ou em imóvel próprio terá uma influência considerável no investimento inicial.
                                                                                                                                                                                                                      
Também é possível optar por uma franquia de Ótica conhecida, que ajudará na
credibilidade inicial do negócio, uma vez que espera-se que os clientes conheçam a
rede. Porém, é preciso atenção especial para decidir por uma franquia, pois o custo
pode ser maior do que abrir uma Ótica própria e existe um padrão a ser seguido,
diminuindo também a flexibilidade na administração do estabelecimento.

Para a montagem de Ótica básica estimam-se os custos em:
> Aquisição de equipamentos (lensômetro, ceratômetro, pupilômetro) e Ferramentas
de conserto em geral:
R$ 10.000,00
> Custo fixo, exceto mão de obra (aluguel, energia elétrica e água, telefone, internet,
contador, etc.):
R$ 5.000,00
> Despesas com abertura da Ótica e procedimentos legais:
R$ 2.500,00
> Aquisição de mercadorias e embalagens (óculos, lentes, embalagens variadas, etc.):
R$ 12.000,00
> Aquisição de estrutura para acondicionar as mercadorias (montagem de vitrines,
balcões, etc.):
R$ 8.000,00
> Aquisição de estrutura para atender o cliente (mesas, cadeiras, espelhos,
equipamentos para pagamento, etc.):
R$ 8.000,00
> Equipamentos de escritório:
R$ 3.000,00
> Contratação e pagamento de pessoal:
R$ 4.000,00
> Divulgação inicial:
R$ 2.000,00
Total: R$ 54.500,00

Considera-se ideal que o empreendedor faça uma reserva de capital para eventuais
desembolsos.
É necessário também calcular adequadamente a necessidade de capital de giro.
Importante: Esta é apenas uma estimativa de investimento inicial, pois os
equipamentos a serem adquiridos para a montagem da Ótica têm preços bastante
variados, considerando que podem ser modelos mais modernos, digitais ou não, novos
                                                                                                                                                                                      
ou usados. A quantidade, variedade e marcas das mercadorias a serem adquiridas
também interferem nos custos iniciais. Essas questões devem ser analisadas
criteriosamente, pois influenciam diretamente o montante de investimento inicial e
também nos custos.
Conforme apresentado neste tópico, existe uma série de fatores que devem ser
considerados para calcular o investimento na montagem de uma Ótica. Os preços
variam de acordo com o estado em que se deseja montar a Ótica. A identificação do
valor real do investimento  será possível com a elaboração do plano de negócios.
Uma boa dica para diminuir custos na fase de instalação da Ótica é pesquisar na
internet, pois  várias opções de vendas de equipamentos usados, sempre
analisando cuidadosamente as fontes para verificar a procedência e evitar problemas
futuros.
13. Capital de Giro
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.
  
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos
médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e
prazos médios concedidos a clientes (PMCC).
 
Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,
maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos
regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a
necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.

Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-obra, aluguel,
impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao
prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de
                                                                                                                                                                                                               
capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível
para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica
também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da
empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta
necessidade do caixa.

Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores
que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para
pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar
para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos
de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações
excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus
pagamentos futuros.
  
Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro.  assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com
precisão.
  
O desafio da gestão do capital de giro deve-se, principalmente, à ocorrência dos
fatores a seguir:
- Variação dos diversos custos absorvidos pela empresa;
- Aumento de despesas financeiras, em decorrência das instabilidades desse mercado;
- Baixo volume de vendas;
- Aumento dos índices de inadimplência;
- Altos níveis de estoques.
 O empreendedor deve ter um eficiente controle orçamentário, de forma a não consumir
recursos sem previsão.
 O empresário deve evitar a retirada de valores além do pró-labore estipulado, pois, no
início, todo o recurso que entrar na empresa nela deverá permanecer, possibilitando o
crescimento e a expansão do negócio. Dessa forma, a empresa poderá alcançar mais
rapidamente sua autossustentação, reduzindo as necessidades de capital de giro e
agregando maior valor ao novo negócio.
                                                                                                                                                                                                  
É importante que o novo empresário calcule adequadamente sua necessidade de
capital de giro, pois se isso não ocorrer, a empresa poderá muito cedo adquirir dívidas
e dificuldades financeiras.
 Sugere-se reservar, especialmente no início das atividades, entre 2 a 3 meses de
reposição de estoques até que se faça um giro necessário e a empresa possa
completar o ciclo operacional. A necessidade de capital de giro deve ser acompanhada
e atualizada permanentemente, pois sofre continuamente o impacto das diversas
mudanças ocorridas na empresa e no mercado de forma geral.
 
ATENÇÃO: Este cálculo deve ser feito de maneira mais criteriosa quando da
elaboração do Plano de Negócios.
14. Custos
Os custos indicam as despesas (gastos) de um negócio. Podem ser fixos, que
independem do faturamento da ótica, ou seja: aluguel, salários, gastos com contador,
água, luz, telefone, internet, material de limpeza da loja e higiene dos funcionários. Ou
podem ser variáveis, que estão relacionadas ao volume de negociações efetuadas
pela ótica, por exemplo: impostos, comissões, valores a serem pagos ao franqueador,
gastos para levar armações aos laboratórios (caso a Ótica não tenha laboratório
próprio), reposição de estoques e recursos para manutenções corretivas.
 
A escolha dos fornecedores é importante, por isso é indicado fazer uma boa pesquisa
para selecionar os melhores preços, produtos de qualidade, que atendam as
necessidades do público-alvo e prazos para pagamento.

Os custos para uma Ótica podem ser estimados considerando os itens abaixo,
                                                                                         
conforme a estrutura do negócio e pertinência dos mesmos:
- Pró-labore, salários, comissões e encargos;
- Tributos, impostos, contribuições e taxas;
- Aluguel, taxa de condomínio e taxa de segurança;
- Água, energia elétrica, telefone e acesso a internet;
- Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários;
- Recursos para manutenções preventivas e corretivas;
- Assessoria contábil;
- Propaganda e publicidade da empresa;
- Aquisição de mercadorias e embalagens;
- Despesas financeiras e com vendas;
- Despesas com transporte e frete;
- Seguros;
- Material de uso geral (escritório: papel, caneta, outros);
- Serviços de terceiros.
Podem ser tomadas algumas providências que ajudem a diminuir o valor dos custos
fixos, como por exemplo: optar por locais em que o aluguel tenha um preço menor,
desde que não prejudique a competitividade. No início das atividades é possível
contratar poucos funcionários e estipular salários menores (desde que atenda ao piso
salarial exigido em Lei) e com comissões de acordo com as vendas, optar por planos
de telefone com custos mais baixos e outras ações de acordo com a realidade de cada
empresa.
O empreendedor deve acompanhar o comportamento dos custos mensalmente,
adotando medidas criteriosas de controle, buscando formas de minimizá-las sem
prejudicar a qualidade dos serviços e mercadorias oferecidas pela Ótica.

Algumas dicas para uma gestão eficaz dos custos:
- Negociar para comprar pela melhor relação custo x benefício;
- Evitar gastos desnecessários;
- Manter equipe de trabalho treinada para evitar desperdícios;
- Fazer uma gestão eficaz dos estoques;
- Controlar criteriosamente os custos;
- Calcular adequadamente os preços de venda.
15. Diversificação/Agregação de Valor
A diversificação dos produtos deve ocorrer de acordo com perfil do público alvo, mas é
importante que haja vários modelos de lentes e armações a preços condizentes com
os clientes e a estrutura do negócio.
 
O ideal é oferecer um serviço personalizado de atendimento onde o cliente sinta-se à
vontade para voltar e indicar outros clientes. O atendimento constitui um importante
diferencial para uma Ótica e precisa de especial atenção.
 
Quando o cliente percebe que tem suas necessidades atendidas de forma
diferenciada, contando com acessórios que traduzem suas preferências, sentindo-se à
vontade para conversar e tirar suas dúvidas, provavelmente essa característica da loja
será marcante e fará com que o cliente queira voltar e também indicá-la para outras
pessoas.
 
Na abertura da Ótica pode-se optar por uma linha reduzida de produtos; com o
aumento das vendas e prosperidade é interessante que o empresário demonstre que
tem interesse em melhorar e oferecer novidades para satisfazer seus clientes e
conquistar outros públicos. Uma opção é manter catálogos dos produtos na loja,
mesmo que o empresário ainda não tenha adquirido todos os produtos.
 
É importante lembrar que existem muitas Óticas no mercado e para se sobressair e ter
sucesso neste tipo de empreendimento é preciso se destacar, oferecendo novidades e
serviços que agreguem valor e atraiam os clientes.
                                                                                                                                                                                                                      
Algumas opções para diversificar e agregar valor às Óticas:
> Armações e outros produtos personalizados;
> Cordões com diversos padrões para pendurar óculos no pescoço;
> Porta óculos para carros;
> Lentes de contato personalizadas com os mais variados motivos e cores são uma
tendência atual. É um segmento que pode ser explorado;
> Estojos personalizados para óculos e para lentes, com desenhos e temas
personalizados e também com espelho;
> Artigos especiais para crianças e adolescentes;
> Diversificar linha de produtos: muitas óticas oferecem também relógios e joias;
> Oferecer venda de alguns produtos pela internet;
> Investir em linha de produtos ecologicamente corretos;
> Investir em linha de produtos inovadores e também na inovação de processos da
Ótica;
> Fazer parcerias com fornecedores para exclusividade de linhas de produtos e ou
marcas na cidade e região;
> Promover estratégia de receber óculos quebrados para destinar corretamente o
descarte;
> Oferecer informações, dicas e recomendações para manter e melhorar a visão.
 
As sugestões acima servem apenas como exemplo. O mercado vive em constante
mudança, portanto para continuar prosperando e melhorando o negócio, é necessário
considerar dicas e ideias de clientes, fornecedores, informações dos meios de
comunicação, buscando ideias inovadoras. Fazer pesquisas simples e objetivas.
Também é indicado participar de eventos voltados para a área e estar em contato com
empreendedores do mesmo ramo. Enfim, são muitas novidades e é preciso estar
preparado para acompanhá-las.

Agregar valor, portanto não significa necessariamente gastar mais ou vender mais
caro. É algo que aumenta o benefício do produto ou serviço ao cliente.
16. Divulgação
A divulgação da Ótica é um item tão importante quanto os que foram abordados até o
momento, pois ajudará a atrair e conquistar clientes.
                                                                                                   
Existem diversas formas de divulgação, desde as mais caras, fazendo uso de meios de
comunicação (jornais, revistas, rádio, televisão) até formas simples que podem ter
bons resultados principalmente para uma empresa que está começando suas
atividades e precisa ter cuidado com gastos excessivos.
 
Criar um ambiente agradável com opções que cativem o cliente é uma forma de
divulgar a Ótica, pois os clientes satisfeitos tendem a comentar com outras pessoas. É
importante criar um local para o cliente aguardar caso não haja pessoas para atendê-lo
no momento em que chega a loja e disponibilizar água e café e outros produtos (de
acordo com as condições) também é uma boa opção e forma cativar as pessoas.
 
Outras ideias para divulgar uma Ótica:
> Utilizar jornais, revistas e rádios comunitárias;
> Cartazes na própria loja e em outros estabelecimentos que permitam sua fixação;
> Uma fachada bem organizada;
> Anúncios na internet;
> Elaborar um site com apresentação atraente, com alguns produtos e curiosidades
sobre a loja e seu funcionamento pode atrair clientes que estejam procurando
versatilidade;
> Incentivar a propaganda “boca-a-boca”. Criar campanhas promocionais que
incentivem a indicação de clientes;
> Firmar convênios com empresas;
> Fazer promoções, exemplo: compre a armação e leve a lente, na troca dos óculos ou
lentes  compradas na Ótica ganha desconto progressivo ou outra vantagem, entre
outras possibilidades;
> Unir-se a outros empresários para diminuir custos de divulgação. Por exemplo,
podem ser feitos folhetos com divulgação de diferentes estabelecimentos, da mesma
rua;
> Carros de som próprios ou contratados para divulgação (bastante usados,
principalmente em cidades do interior);
> Oferecer brindes personalizados, como canetas, porta óculos, entre outros;
> Fazer parceira com fornecedores para estes contribuam total ou parcialmente para a
divulgação de uma linha de produtos ou marca, por exemplo.
 
Como diz a famosa frase “a propaganda é a alma do negócio”. É importante dar
atenção à divulgação da Ótica de maneira criativa e buscar alternativas que atraiam os
clientes, sempre considerando os aspectos que promovam o desenvolvimento do
negócio de forma sustentável.
17. Informações Fiscais e Tributárias
O segmento de ÓTICA, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de
Atividades Econômicas) 4774-1/00 como a atividade de exploração de comércio
varejista de artigos de óptica , poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME
(Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei
Complementar  123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade não
ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa R$
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e
respeitando os demais requisitos previstos na Lei.
 
Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,
por meio de apenas um documento fiscal  o DAS (Documento de Arrecadação do
Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f
azenda.gov.br/SimplesNacional/):
 
 IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
 CSLL (contribuição social sobre o lucro);
 PIS (programa de integração social);
 COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
 ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
 INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).
 
Conforme a Lei Complementar  123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para
esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da receita bruta auferida
pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo
SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de
atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número
de meses de atividade no período.
 
Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder
benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.
 
Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o
empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se
enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a
tabela da Resolução CGSN  94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ).
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores
fixos mensais conforme abaixo:
 
 
I) Sem empregado
 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do
empreendedor;
 R$ 1,00 mensais de ICMS  Imposto sobre Circulação de Mercadorias.
 
II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de
um salário mínimo ou piso da categoria)
 
O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes
percentuais:
 Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
 Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.
 
Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu
empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.
 
Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre
será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
 
Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis
Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê
Gestor do Simples Nacional  94/2011.
18. Eventos
Expo Abióptica
É a principal exposição óptica das Américas e a  maior do segmento no mundo. É
um evento voltado para o comércio e a atualização do setor e tem como objetivo
propiciar novos negócios e ampliar os existentes. Seu diferencial é o nível de
organização e o cuidado com os expositores e os visitantes.
http://www.expoabioptica.com.br/
 
Opticon
Congressos Regionais Ópticos. São palestras organizadas pela Abiótica e tem como
objetivo difundir o conhecimento técnico e as informações atualizadas do setor,
viabilizando qualificações profissionais e iguais condições de lucratividade para todo o
varejo nacional. Esses congressos abordam temas relacionados a marketing, moda,
gestão de negócios, varejo e cenário mundial do segmento óptico.
http://www.abiotica.com.br/
http://www.abiotica.com.br/ ws2011/opticon.asp
 
Também existem eventos internacionais, e caso seja de interesse do empreendedor,
podem ser uma boa opção para obter informações para inovar em seu
empreendimento.

19. Entidades em Geral
ASSOCIAÇÕES, CONSELHOS E ENTIDADES
 
ABCI - Associação Brasileira de Óptica
Tel. (11) 3259 9162
São Paulo  SP
http://www.abcioptica.com.br/
 
ABIÓPTICA - Associação Brasileira da Indústria Óptica
Tel. (11) 3045 2090
São Paulo  SP
http://www.abcioptica.com.br/
 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
http://www.abnt.org.br/
 
AJORSUL - Associação do Comércio de Joias, Relógios e Óptica do Rio Grande do
Sul
Fax: (51) 3221-5259
Porto Alegre/RS
http://www.ajorsul.com.br/home/
 
CBOO - Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria
Tel. (61) 3323-9200
Fax: (61) 3321-4689
Brasília/DF
http://www.cboo.org.br/
- No site do CBOO é possível consultar os contatos dos Conselhos Regionais.
 
SOBLEC - Sociedade Brasileira de Lentes de Contato e Córnea
São Paulo/SP
http://www.soblec.com.br/
 
SINDICATOS
SINDIOMAT-MT - Sindicato do Comércio de Ópticas
www.sindioptica-mt.com.br
 
 
 
SINDIÓPTICA-GO  Sindicado do Comércio Varejista de Óptica, Joias, Relógios, Cine-
foto e Bijouterias do Estado de Goiás
http://www.sindioptica-go.com.br/ p>
 
SINDIÓPTICA-BA - Sindicato das Empresas do Segmento Óptico do Estado da Bahia.
http://sindioptica-ba.com.br/
 
SINDIÓPTICA-SC - Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Fotográfico e
Cinematográfico do Estado de Santa Catarina
http://www.sindioptica-sc.com. br/index.php
 
SINDIÓPTICA-Foto-Cine/SP
http://www.sindioptica-sp.com. br/index.php
 
SINDIÓPTICA - RJ - Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Fotográfico e
Cinematográfico dos Municípios do Rio de Janeiro
http://www.sindiopticarj.com.br/
 
SINDIÓPTICA-PR - Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico,
Fotográfico e Cinematógrafo no Estado de Paraná
http://www.sindiopticapr.com.br/
 
SINIOP - Sindicato Interestadual da Indústria de Óptica do Estado de São Paulo
http://www.siniop.com.br/
 
Alguns Fornecedores:
Equipamentos:
 
 
Essilorsolutions: http://www.essilorsolutions.com.br/
 
MN Comércio De Material Ótico Ltda.: http://www.mnoftalmologia.com.br/ p>
 
Tecnobrasil Indústria e Comércio Ltda.: http://www.tecnobrasil.com.br/
 
Oftalmics Produtos Oftalmológicos: http://www.oftalmics.com.br/
 
Mercadorias:
Alcon Laboratórios do Brasil Ltda: http://www.alcon.com/ en/alcon-locations/brazil.aspx
 
Jaguar Produtos Óticos Ltda: http://www.jaguarprodutosoticos.c om.br/
 
Alan Garraud: http://www.alangarraud.com.br/
 
Bausch & Lomb Indústria Ótica Ltda: http://www.bausch.com/
 
Brille Comércio e Representações Ltda: http://www.brille.com.br
 
Brevil: http://www.brevil.com.br
 
Cristal Color - Indústria e Comércio de Lentes Ltda: http://www.cristalcolor.com.br
 
Cromal: http://www.cromal.com.br/index2.htm
 

Master Glasses: http://www.masterglasses.com.br
 
 
 
Mormaii: http://www.mormaii.com.br
 
Multfoco: http://www.multfoco.com.br
 
Multivis: http://www.multivis.com.br
20. Normas Técnicas
NBR14993 - Óptica e instrumentos ópticos - Óptica oftálmica - Sistema de medição
para armações para óculos.
 
NBR14995 - Óptica e instrumentos ópticos - Armações para óculos - Vocabulário e
designação.
 
NBR14996 - Óptica e instrumentos ópticos - òptica oftálmica - Roscas para parafusos.
 
NBR14997 - Óptica e instrumentos ópticos - Óptica oftálmica - Modelos (moldes).
 
NBR15089 - Óptica oftálmica - Lentes para óculos (lentes oftálmicas) - Requisitos
fundamentais para lentes acabadas não cortadas.
 
NBR15090-1 - Óptica oftálmica - Lentes para óculos acabadas e não cortadas - Parte 1
- Especificações para lentes de visão monofocal, bifocal e trifocal.
 
NBR15090-2 - Óptica oftálmica - Lentes para óculos acabados e não cortadas - Parte
2: Especificações para lentes de potência progressiva.
 
NBR15090-3 - Óptica oftálmica - Lentes para óculos acabadas e não cortadas - Parte
3: Especificações de transmitância e métodos de ensaio.
 
NBR15090-4 - Óptica oftálmica - Lentes para óculos acabadas e não cortadas - Parte
4: Especificações e métodos de ensaio para revestimentos anti-refletivos.
 
NBR15091 - Óptica e instrumentos ópticos - Óptica oftálmica - Marcação de armações
para óculos.
 
NBR15092 Óptica oftálmica - Armações para óculos - Requisitos gerais e métodos de
ensaio
 
NBR15093 Óptica oftálmica - Formatação de arquivos de dados digitais para
transferência de dados para facetamento de lentes para óculos - Traçadores
bidimensionais
 
NBR15094 Óptica oftálmica - Lentes de óculos - Vocabulário
 
NBR15111 Proteção pessoal dos olhos - Óculos de sol e filtros de proteção contra
raios solares para uso geral
 
NBR15160-1 Óptica oftálmica - Lentes semi-acabadas em bruto para armações para
óculos - Parte 1: Especificações para lente semi-acabada em bruto para visão
monofocal, bifocal e trifocal
 
NBR15160-2 Óptica oftálmica - Lentes semi-acabadas em bruto para armações para
óculos - Parte 2: Especificações para lentes em bruto de potência progressiva
 
21. Dicas de Negócio
O principal objetivo de uma Ótica é a comercialização de óculos de grau, óculos de sol
e lentes, porém é possível buscar alternativas que agreguem valor e que diversifiquem
os produtos, conforme apresentado no item “Diversificação/Agregação de valor”.
 
Uma loja aconchegante onde se apresentam pessoas sorridentes e bem humoradas
costuma cativar os clientes e fazê-los fazer propaganda do estabelecimento e querer
voltar. É preciso atentar a organização e limpeza do estabelecimento.
 
Variedade de produtos e organização dos mostruários, a disposição das
mesas/mostruários e vitrines com uma iluminação adequada são características de um
ambiente que faz o cliente olhar, apreciar e, por fim e com um atendimento de
qualidade, comprar.
 
Devido à forte concorrência é que imprescindível que o empreendedor que deseja
investir na abertura de uma Ótica elabore um plano de negócios para checar a
viabilidade de tal investimento. Em algumas regiões do Brasil é possível dizer que o
mercado para este tipo de negócio está, aparentemente, saturado, mostrando ainda
mais a necessidade de planejar e buscar diferenciais que atendam as necessidades e
expectativas do público-alvo.
 
As novidades surgem constantemente, por isso é importante que o empreendedor
consulte sites de conselhos, associações e sindicatos para manter-se atualizados em
relação a eventos sobre óticas.

22. Características
Sempre que alguém pretende abrir uma empresa precisa realmente se dispor a agir
como empreendedor, pois precisa enfrentar uma série de desafios que pessoas com
comportamento empreendedor conseguem superar com mais facilidade.
Ser empreendedor está atrelado a um conjunto de características. O empreendedor
envolvido com atividades ligadas ao ramo de Óticas precisa adequar-se a um perfil
fortemente comprometido com a evolução acelerada de um ramo altamente disputado
por concorrentes versáteis. Algumas características desejáveis ao empresário desse
ramo são:
- Ter identificação pela atividade e conhecer bem o ramo de negócio, mantendo-se
atualizado sobre assuntos pertinentes à Ótica, para poder orientar funcionários e
consumidores.
- Capacidade de utilizar recursos existentes de forma racional e econômica,
identificando melhores produtos e fornecedores para a sua empresa.
- Habilidade de relacionamento com pessoas.
- Prever pontos críticos inerentes ao processo de atendimento ao cliente na Ótica.
- Pesquisar e observar permanentemente o mercado em que está instalado,
promovendo ajustes e adaptações no negócio.
- Ter atitude e iniciativa para inovar e promover mudanças necessárias.
- Saber administrar todas as áreas internas da empresa (compras, vendas, finanças,
etc.).
- Saber negociar, vender benefícios e manter clientes satisfeitos.
- Ter visão clara de onde quer chegar.
- Ser persistente e não desistir dos seus objetivos.
- Ter coragem de tomar decisões e para assumir riscos calculados.
- Ser organizado.
- Acompanhar as novas tendências de produtos que o mercado oferece.
- Ter capacidade para perceber novas oportunidades e agir para aproveitá-las.
- Ter capacidade de liderança e gerenciamento
23. Bibliografia
BICAS, Harley; JORGE, André A. H. Oftalmologia: fundamentos e Aplicações. São
Paulo: Tecmedd, 2007.
CONSELHO BRASILEIRO DE ÓPTICA E OPTOMETRIA (CBOO). Perfil do profissional
óptico reconhecido pelo CBOO e outras informações. Disponível em:
http://www.cboo.org.br>. Acesso em maio/2012.
CONSELHO REGIONAL DE ÓPTICA E OPTOMETRIA DO ESTADO DE MINAS
GERAIS (CROOMG). Óptico oftalmico básico. Disponível em:
http://www.croomg.org.br/ >. Acesso em maio/2012.
ESTEVES, Eduardo. Empreendedores de sucesso. São Paulo: Plêiade, 1999.
FERREIRA, Aurélio B. de H. Miniaurélio Século XXI. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2000.
MALHEIRO, Rita de Cássia da C.; FERLA, Luiz Alberto; CUNHA, Cristiano J. C. de A.
Viagem ao mundo do empreendedorismo. Florianópolis: IEA, 2003.
MEGGYESY, André. Vitrinismo na ótica. São Paulo: Ótica Revista, 1995.
PORTAL OPTICANET. Informações sobre ópticas. Disponível em:
http://opticanet.com.br/>. Acesso em maio de 2012.
VENTURA, Débora S.; VENTURA JÚNIOR, Francisco. Olhar atento: como escolher e
usar óculos. São Paulo: SENAC, 2008.
 
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